Morreu hoje o professor Joel Rufino, diretor da Dgecom do TJ-Rio,
após complicações causadas por uma cirurgia cardíaca. Autor de 60
livros, o professor era historiador e foi o idealizador de eventos
inovadores no Tribunal de Justiça do Rio como o desenforcamento de
Tiradentes e o baile charme. O corpo de Rufino será cremado hoje ainda
em cerimônia reservada a parentes.
Em nota, o presidente do TJ, o desembargador Luiz Fernando Ribeiro de
Carvalho, afirmou que "a morte de Rufino é uma perda irreparável para o
judiciário fluminense e para a cultura, acrescentando que ele deixa um
legado de humanidade e sensibilidade com as causas sociais".
originalmente publicado em http://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/morre-o-professor-joel-rufino.html
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Historiador impede linchamento no Rio, enquanto policial armado assistia ao massacre
Um ladrão estava encurralado na Rainha Elizabeth com Nossa Senhora de
Copacabana, sábado, 18h30. Ensanguentado, levava porrada de saradões,
mulheres, velhos. De passagem, o historiador Joel Rufino, 74 anos,
exibiu a carteira de diretor de comunicação do TJ e impediu o massacre.
Um policial civil armado assistia sem se meter.
Nosso amigo, o historiador Joel Rufino dos Santos não poderia fazer por menos ao se ver diante de uma cena de barbárie perpetrada por uma corja de rufiões saradões e senhoras “de classe” que, sob o olhar complacente e incentivador de um policial civil, linchavam um ladrão em plena Princesinha do Mar, como o bairro de Copabacana é chamada pelos poetas:
Joel Rufino reagiu. Interferiu, se meteu no meio do banho de sangue e salvou a vida do rapaz. Impediu com seu ato de coragem civil mais uma execução sob tortura em praça pública de uma pessoa humana em nosso País.
Todos nós sabemos os riscos pessoais que corre qualquer cidadão ao enfrentar uma turba enfurecida desejosa de fazer justiça com as próprias mãos. A maioria das pessoas prefere passar ao largo para não ter aborrecimentos.
A sociedade brasileira, apesar dos avanços econômicos, ficou muito a dever ao aprendizado para a cidadania e a defesa dos direitos humanos.
Mesmo com seus 74 anos de idade e seu corpo franzino, Joel Rufino agiu sem olhar os riscos que corria. É uma exemplo a ser seguido por todos os jovens que não desejam se omitir diante de cenas de barbárie que testemunhem.
Com um simples gesto, perigoso, mas singelo, meu amigo Joel traz um alento para todos nós brasileiros e brasileiras, que ainda acreditamos que a dignidade e a integridade de cada cidadão, infrator ou não, é para ser respeitada e protegida.
Vale a pena ser gente brasileira quando temos amigos com esta coragem carinhosa para com todos que nos cercam.
originalmente publicado em http://carosamigos.com.br/index.php/cotidiano/5293-historiador-impede-linchamento-no-rio-enquanto-policial-armado-assistia-massacre
Nosso amigo, o historiador Joel Rufino dos Santos não poderia fazer por menos ao se ver diante de uma cena de barbárie perpetrada por uma corja de rufiões saradões e senhoras “de classe” que, sob o olhar complacente e incentivador de um policial civil, linchavam um ladrão em plena Princesinha do Mar, como o bairro de Copabacana é chamada pelos poetas:
Joel Rufino reagiu. Interferiu, se meteu no meio do banho de sangue e salvou a vida do rapaz. Impediu com seu ato de coragem civil mais uma execução sob tortura em praça pública de uma pessoa humana em nosso País.
Todos nós sabemos os riscos pessoais que corre qualquer cidadão ao enfrentar uma turba enfurecida desejosa de fazer justiça com as próprias mãos. A maioria das pessoas prefere passar ao largo para não ter aborrecimentos.
A sociedade brasileira, apesar dos avanços econômicos, ficou muito a dever ao aprendizado para a cidadania e a defesa dos direitos humanos.
Mesmo com seus 74 anos de idade e seu corpo franzino, Joel Rufino agiu sem olhar os riscos que corria. É uma exemplo a ser seguido por todos os jovens que não desejam se omitir diante de cenas de barbárie que testemunhem.
Com um simples gesto, perigoso, mas singelo, meu amigo Joel traz um alento para todos nós brasileiros e brasileiras, que ainda acreditamos que a dignidade e a integridade de cada cidadão, infrator ou não, é para ser respeitada e protegida.
Vale a pena ser gente brasileira quando temos amigos com esta coragem carinhosa para com todos que nos cercam.
originalmente publicado em http://carosamigos.com.br/index.php/cotidiano/5293-historiador-impede-linchamento-no-rio-enquanto-policial-armado-assistia-massacre